segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Saudade não é direito



Um pouco de você, confina em mim
Quando parte, entre ida e vinda
Me aperta o peito, lastimo confins.
Respiro fundo e lembro: nada míngua.
Sexta-feira culmina minha espera
Cheio de si e ávido por nós
Sussurra um alô que doce revela:
"Queria tanto, com você, a sós!"
Sábado chove uma chuva que invade
Frio sopra, preguiça vira banquete
Carinhos, edredon e o calor arde.
Domingo, latente, passa a foguete
Rouba-o, de mim, sem dó nem piedade
Leva Autoridade para o malhete.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Asas ao delírio



"Apesar do medo escolho a ousadia. Ao conforto das algemas, prefiro a dura liberdade. Vôo com meu par de asas tortas, sem o tédio da comprovação. Opto pela loucura, com um grão de realidade: meu ímpeto explode o ponto, arqueia a linha, traça contornos para os romper. Desculpem, mas devo dizer: eu quero o delírio".

(Mário Quintana)